Ficaram em silêncio cinco dos noves acusados de assaltos milionários a carrinhas de valores, tendo um dos quais ocorrido em Fafe, mais concretamente no Lidl, quando abastecia uma caixa multibanco, em Julho de 2016.
Segundo a acusação, os factos remontam ao período entre Novembro de 2015 e Janeiro de 2017 e reporta-se a assaltos a carrinha de valores ou aos seus tripulantes nos concelhos de Fafe, Gondomar, Felgueiras, Lousada e Vila Nova de Gaia. Os assaltos ocorriam geralmente durante operações de abastecimento de caixas Multibanco, em crimes que terão permitido ao grupo arrecadar cerca de 280 mil euros.
O ‘modus operandi’, referiu então a polícia Judiciária (PJ), “era executar os assaltos com armas de fogo na altura em que se procediam aos carregamentos das caixas Multibanco e de forma rápida”, atuando encapuzados.
Durante esta primeira sessão de julgamento, um inspetor-chefe que a PJ envolveu na investigação do caso, referiu que o visionamento de câmaras de videovigilância permitiu recolher sinais de que os assaltos foram consumados pelas mesmas pessoas, que serão o alegado líder do grupo, um cidadão brasileiro residente em Portugal, e um jovem que à altura dos factos estudante de estudante de Educação Física e Desporto, filho de um agente de autoridade.
Um dos arguidos que falou em tribunal admitiu ter trabalho numa oficina do principal arguido, onde as películas eram escurecidas, mas apenas isso.
Já o segundo arguido que quis falar hoje ao tribunal demarcou-se não só dos furtos dos automóveis (cerca de dezena e meia, que eram levados com recurso a tecnologia que permitia iludir os sistemas antirroubo), mas também dos roubos às carrinhas de valores.
Fotografia: Diário do Minho
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