Rogério Moniz foi condenado a 18 anos de cadeia pela morte do seu ex-patrão, António Lopes, crime que ocorreu em 12 de Agosto de 2009. Anteriormente já Eduardo Oliveira tinha sido condenado a 23 anos de prisão, tendo o cúmulo jurídico sido fixado em 19 anos de reclusão. O acórdão foi lido no Tribunal de Guimarães durante esta manhã de terça-feira.
Para o tribunal ficou provado que, Rogério Moniz e Eduardo Oliveira, engendraram um plano para roubar António Castro Lopes, que tinha sido patrão de ambos na bomba de gasolina da Repsol de Santo Ovídeo, em Fafe. Na noite de 12 de março de 2009, o duo esperou pelo ex-patrão em casa deste, a 100 metros da bomba de gasolina, junto ao alpendre onde guardava a cadela.Quando este guardou o animal, foi surpreendido pelas costas por um dos arguidos que lhe pôs, na boca, um pano embebido em éter, uma substância sonífera. Mas o produto não surtiu efeito e o ex-patrão reconheceu os ladrões ao virar-se. Perante isto, o duo ficou com medo que António Lopes os denunciasse. Então, pegaram num bloco de cimento e bateram-lhe várias vezes com o objeto até ele parar de se mexer. As lesões na cabeça acabariam por causar a morte do empresário. Roubaram, ainda, cerca de mil euros em dinheiro.
Rogério Moniz prestou declarações à PJ em 2012, tendo na altura a denúncia da ex-mulher de Eduardo dado nova orientação à investigação.
Contudo, a PJ acabou no entanto por libertar Rogério, já que este alegou inocência, acabando por incriminar Eduardo.
Estando em em liberdade, Rogério fugiu para o Brasil mas viria a ser capturado em janeiro deste ano no estado de Pernambuco, tendo sido posteriormente extraditado para Portugal.
Já durante a fase de inquérito, Rogério acabou por falar em tribunal, confessando a co-autoria do crime, juntamente com Eduardo Oliveira.
Em curso está ainda o recurso da defesa de Eduardo Oliveira, que contesta o facto de ter sido condenado por prova indireta.
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