Presidente da Junta de Revelhe assume "crime" em tom crítico e lança farpas sobre encerramento do Lar da Criança
- Armando César

- 25 de jul.
- 2 min de leitura
O presidente da Junta de Freguesia de Revelhe protagonizou ontem um momento inusitado ao assumir publicamente ter cometido um “crime”. A confissão, feita em tom irónico e crítico, refere-se ao estacionamento do seu carro numa zona não autorizada junto às antigas instalações do Lar da Criança de Revelhe, atualmente encerrado.
“Ontem cometi um crime e hoje quero penitenciar-me publicamente”, começou por afirmar o autarca, numa declaração que rapidamente ganhou contornos de crítica social e institucional.
Segundo o presidente, a falta de lugares de estacionamento nas imediações da junta, devido a obras em curso, levou-o a estacionar o carro à sombra junto ao antigo lar. O gesto foi prontamente censurado pelo diretor do Centro Social e Paroquial de Revelhe, que o alertou para a impropriedade do ato, sobretudo por se tratar de uma figura pública.
“Como bom penitente e piedoso pecador, pedi perdão e prometi não voltar a pecar, desculpem, não voltar a estacionar ali”, ironizou.
No entanto, a declaração rapidamente evoluiu para uma crítica contundente à gestão do encerramento do Lar da Criança, questionando a atuação do diretor da instituição e da Igreja local. O presidente lamentou a falta de respostas sobre os motivos do encerramento e apontou responsabilidades:
“Enquanto Diretor do Centro Social e Paroquial de Revelhe, onde estava essa diligência e proteção que agora demonstra por estas paredes sem vida?”
A crítica estendeu-se ainda à forma como a autoridade eclesiástica tem lidado com a situação, sugerindo que se procura culpados em vez de soluções. Apesar disso, o autarca reconheceu o esforço do Arcebispo e da Segurança Social na criação de uma nova resposta social para o espaço: camas de apoio à alta hospitalar.
“Revelhe precisa de um Pastor, não de um juiz e muito menos de um justiceiro”, concluiu.






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