Esta segunda-feira, vai ser evocado em todo o país o centenário da Batalha de La Lys, no quadro da I Guerra Mundial (1914-1918) e considerada o maior desastre militar português desde Alcácer Quibir, em 1578.
No palco dessa sangrenta peleja, registada na Flandres em 9 de Abril de 1918, foram vitimados (mortos, feridos ou aprisionados) pelos alemães cerca de 8 000 soldados portugueses. Na mesma batalha, pereceram 9 militares fafenses. No total da I Guerra Mundial, terão morrido mais de 8 mil jovens que nela foram obrigados a participar, sendo que de Fafe faleceram 36 soldados, sendo 19 na Europa, 11 em Moçambique e 6 em Angola. O Núcleo de Artes e Letras de Fafe vai evocar simbolicamente a efeméride, com a deposição de uma coroa de flores na base do Monumento aos Mortos da Grande Guerra, na Praça 25 de Abril e com a realização de um colóquio, na Biblioteca Municipal, a partir das 21h30, com a participação do investigador e dirigente do NALF Artur Magalhães Leite, que ao tema tem devotado originais estudos, corporizados na sua obra “Fafe e a Primeira Guerra Mundial” (2015).
A entrada é livre. A grande memória histórica relativa à I Guerra Mundial na cidade é o Monumento aos Mortos da Grande Guerra, inaugurado em 12 de Julho de 1931. A toponímia local ainda hoje mantém referências a esse período, como a “Rua dos Aliados” ou a “Rua dos Combatentes da Grande Guerra”. A actual Praça Mártires do Fascismo (Feira Velha) foi em 1919 designada “Largo 9 de Abril”, exactamente “em comemoração do glorioso feito de armas portuguesas nos campos de batalha de França, em La Lys”.
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