Boletim Paroquial Igreja Nova celebra 75 anos de publicação ininterrupta

O Boletim Paroquial Igreja Nova, de Fafe, assinala este ano 75 anos de existência, uma marca rara no panorama da comunicação eclesial portuguesa. Criado a 1 de novembro de 1950 pelo Pe. Manuel Domingues Basto, o boletim mantém-se ativo desde então, sendo um testemunho vivo de fé, comunidade e persistência editorial.

Ao longo de sete décadas e meia, o Igreja Nova tem sido um instrumento de comunicação, formação e informação ao serviço dos paroquianos, refletindo a vida da comunidade fafense e a presença da Igreja na cidade.

Em 2020, por ocasião dos 70 anos da publicação, o boletim recebeu a Bênção Apostólica do Papa Francisco, em resposta à oferta do fac-símile do primeiro exemplar. Nessa carta, datada de 22 de fevereiro, o Santo Padre expressou o seu “apreço e gratidão às sucessivas gerações de escritores e leitores que, semana a semana, deram vida a um instrumento que procura amplificar a voz da Igreja”.

O reconhecimento local também não tardou. Em 2023, o Igreja Nova foi distinguido com a Medalha de Ouro de Mérito Concelhio, por deliberação unânime do Executivo Municipal de Fafe.

As comemorações do 75.º aniversário arrancam no próximo sábado, Dia de Todos os Santos, com o descerramento de uma placa evocativa no edifício onde o boletim é impresso desde o ano 2000 — o Salão da Matriz, que acolhe a antiga Tipografia A Tradição, fundada na década de 1940 pelo próprio Pe. Manuel Domingues Basto e posteriormente dirigida, durante quatro décadas, pelo Cón. Leite de Araújo.

O programa comemorativo prolonga-se ao longo do ano e inclui, entre outras iniciativas, um concerto do Coro de Câmara Patris Corde, marcado para 8 de fevereiro de 2026, na Igreja Matriz, e uma “Festa da Gratidão”, dedicada a todos os atuais e antigos distribuidores do boletim.

Com cerca de 3750 números publicados e uma rica história feita por vários párocos e gerações de paroquianos, o Igreja Nova prepara também uma exposição retrospetiva, em colaboração com o Arquivo Municipal de Fafe, e a digitalização integral dos seus exemplares, preservando assim um património de valor único.

“Celebremos esta data com júbilo e memória agradecida”, lê-se na nota da redação, que sublinha o compromisso de continuar a servir a comunidade “ao serviço da comunhão e da comunicação”.