Byron Munton faz história na Senhora da Graça e torna-se o primeiro africano a vencer no Monte Farinha
- Armando César

- 11 de ago.
- 2 min de leitura
O sul-africano Byron Munton (Feirense/Beeceler) venceu, este domingo, a quarta etapa da 86.ª Volta a Portugal Continente, com final no icónico Alto da Senhora da Graça, tornando-se o primeiro corredor africano a triunfar no Monte Farinha. A tirada ficou marcada por uma neutralização em Vila Real devido aos incêndios que afetam a Serra do Alvão.
Trinta e dois anos depois de Quintino Rodrigues, também ao serviço da equipa da Feira, ter vencido na Senhora da Graça (1993), a formação voltou a celebrar no topo da “montanha sagrada” do ciclismo português.
A organização e o Colégio de Comissários, após consulta à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), decidiram interromper a corrida ao quilómetro 132,3, por falta de condições de segurança para atravessar o Alvão devido aos violentos fogos na região. A prova foi retomada após a meta volante de Campeã, com mais 44 quilómetros pela frente.
Na altura da neutralização, cinco corredores seguiam na dianteira, com um grupo perseguidor de sete a dois minutos e o pelotão a três. No recomeço, mantiveram-se as diferenças de tempo, mas o ritmo inicial foi de passeio durante cerca de 15 quilómetros, o que para alguns significou quebra de intensidade.
O grande animador do dia foi Francisco Peñuela (Caja Rural/Seguros RGA), presente na fuga desde o quilómetro 2 e isolado na frente já na ascensão final. No entanto, os ataques dos favoritos acabaram por anulá-lo.
A cerca de sete quilómetros do topo, o camisola amarela Continente, Pau Martí (Israel/Premier Tech Academy), cedeu e perdeu contacto, terminando com 7’40’’ de atraso para Munton.
Na subida final, um quinteto formado por Munton, Artem Nych (Sabgal/Anicolor), Guillaume Guerin (AP Hotels & Resorts/Tavira/Farense), Lucas Lopes (Rádio Popular/Paredes/Boavista) e Jesús Peña (AP Hotels & Resorts/Tavira/Farense) foi lançando sucessivos ataques. A quatro quilómetros da meta, Munton atacou e seguiu sozinho, tentando não só vencer a etapa, mas também conquistar a camisola amarela, dado que partia com apenas 23 segundos de desvantagem para Nych e contava com a bonificação da vitória.
Apesar da investida, o campeão em título Artem Nych e Jesús Peña controlaram a diferença, impedindo a mudança de liderança.
Destaque ainda para Lucas Lopes, que subiu do 11.º para o 5.º lugar da geral e reassumiu a liderança da Juventude-Placard, sendo agora o último corredor a menos de um minuto do líder Nych.





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