Município investe na reconversão da Casa da Cultura de Fafe e reforça ligação ao ecossistema de inovação da UMinho
- Armando César

- há 14 minutos
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O Município de Fafe aprovou, por unanimidade, o projeto de execução das obras de reconversão e valorização da Casa da Cultura de Fafe, um dos edifícios mais emblemáticos da cidade, com o objetivo de preservar o seu valor patrimonial e adaptá-lo a novas funções ligadas à inovação, à sustentabilidade e à dinamização cultural.
A intervenção prevê a possibilidade de instalação de instituições integradas na Universidade do Minho Innovation Alliance, nomeadamente o PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros e o CCG/ZGDV – Centro de Computação Gráfica, dois dos sete centros de tecnologia e inovação associados à Universidade do Minho. Estas entidades mantêm protocolos de colaboração ativos com o Município de Fafe, estando previstas ações nas áreas da capacitação de quadros técnicos e da transferência de conhecimento científico para o tecido empresarial.
No mesmo horizonte estratégico surge também a TecMinho, Associação Universidade-Empresa, entidade onde o Município de Fafe está representado nos órgãos sociais, reforçando a aposta na atração de talento, inovação e ligação ao meio académico.
A obra de reconversão da Casa da Cultura assenta numa requalificação global do edifício, garantindo adaptação funcional, melhoria do desempenho energético e acessibilidade universal, sem comprometer o seu valor histórico. O projeto segue uma abordagem minimalista, respeitadora da pré-existência, procurando “alterar o menos possível a estrutura do edifício”, como sublinhou o presidente da Câmara Municipal, Antero Barbosa.
No âmbito de uma candidatura ao NORTE 2030, a componente ligada à eficiência energética representa um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros.
Com esta intervenção, a Casa da Cultura de Fafe reforça-se como um espaço de continuidade entre passado, presente e futuro, conciliando património histórico, identidade cultural e exigências contemporâneas de sustentabilidade, acessibilidade e inovação, afirmando-se como um polo central da vida cultural, cívica e económica do concelho.
Património histórico com nova vida
Instalada no emblemático palacete conhecido como Casa do Santo Novo, a Casa da Cultura de Fafe manterá a sua ligação à cultura, com a recuperação de espaços destinados a galeria expositiva e salas polivalentes, ajustadas às atuais formas de consumo cultural.
Construído entre 1859 e 1869, o edifício integra o conjunto das chamadas “Casas dos Brasileiros de Torna Viagem”, marcantes na paisagem urbana fafense. De traça neoclássica, destaca-se pela escala, elegância formal, três pisos, pátio interior e fachada em pedra revestida a azulejos azuis.
Adquirido pela Câmara Municipal em 1958, o imóvel acolheu várias instituições de ensino até ser inaugurado, em 1984, como Casa Municipal da Cultura. Atualmente, integra o Museu das Migrações e das Comunidades e o Museu da Imprensa, núcleos que serão transferidos para outros edifícios históricos do concelho, permitindo criar uma nova narrativa patrimonial e uma maior coerência na valorização do património de Fafe.






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